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Uece indefere mais de 7 mil matrículas de cotistas no vestibular, e candidatos reclamam de erros

Candidata reclama de erro após ser indeferida no vestibular da Uece A Universidade Estadual do Ceará (Uece) divulgou, nesta quarta-feira (22), o resultado da ...

Uece indefere mais de 7 mil matrículas de cotistas no vestibular, e candidatos reclamam de erros
Uece indefere mais de 7 mil matrículas de cotistas no vestibular, e candidatos reclamam de erros (Foto: Reprodução)

Candidata reclama de erro após ser indeferida no vestibular da Uece A Universidade Estadual do Ceará (Uece) divulgou, nesta quarta-feira (22), o resultado da análise da documentação de cotias do vestibular 2026.1. A etapa, no entanto, virou dor de cabeça para mais de 7 mil cotistas que tiveram as matrículas indeferidas. Esses candidatos, inclusive, apontam que houve erros na análise da instituição. O g1 conversou com dois candidatos que tiveram as matrículas indeferidas devido a problemas na documentação. Em nota, a Uece disse que muitos indeferimentos relacionados às inscrições de candidatos cotistas ocorreram em razão do envio de documentações incompletas e/ou desatualizadas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp “A CEV [Comissão Executiva do Vestibular] esclarece que não houve qualquer alteração, em relação a vestibulares anteriores, quanto à documentação exigida em edital, ao sistema de envio dos arquivos e à metodologia de análise das cotas. Reforça ainda que os candidatos podem solicitar reanálise da documentação encaminhada, por meio de recurso, no período das 8h do dia 23 de outubro às 17h do dia 24 de outubro, no site [da instituição]”, informou a nota da universidade. Uma das candidatas que teve a matrícula indeferida é Luisa Gabriela Freire, que tentou a graduação em Letras Português. À época em que se matriculou, a jovem já tinha 18 anos (ou seja, já era responsável por si própria), mas a Uece indeferiu a matrícula dela alegando que não foi enviada documentação do responsável legal por ela. Uece indefere mais de 7 mil matrículas de cotistas no vestibular, e candidatos reclamam de erros. Uece/Divulgação “Eu sou maior de idade, logo, eu não necessito que tenha na minha inscrição de uma faculdade, os documentos dos meus responsáveis, da minha mãe e do meu pai. Eu sou oficialmente legal por mim”, reforçou a estudante, que está no 3º ano do ensino médio. Luísa entrou com recurso contra a análise da universidade. A Uece possui diferentes modalidades de cotas no vestibular: Pretos, Pardos, Indígenas e Quilombolas (PPQI), Pessoas com Deficiência (PcD) e Cota Social. Os candidatos que foram indeferidos no resultado desta quarta-feira passaram automaticamente à ampla concorrência (onde se inscrevem, principalmente, alunos de escolas particulares). “Então, estamos tendo que concorrer com a ‘ampla’, com colégios de grande renome que temos aqui em Fortaleza, induzindo mais 7 mil jovens de redes públicas a terem que competir com pessoas de alto nível. Isso não tem cabimento. Nós não temos os mesmos níveis e as cotas elas servem para nos ajudar a chegar em uma posição que eles [alunos de escolas particulares] chegaram”, reclamou Luísa Gabriela. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Reclamação de ambiguidade Outro estudante cotista que teve a matrícula indeferida foi Josian Davi de Aquino. Ele se inscreveu para o curso de Ciências Biológicas, na modalidade de cotista racial (como pardo). No entanto, a matrícula foi indeferida, pois não foi enviado o documento do responsável legal — Josian tinha 17 anos à época da inscrição. No entanto, o estudante alegou que a plataforma onde deveriam ser enviados os documentos possuía ambiguidade no texto (veja imagem abaixo). A página dizia "Documento de identidade do candidato ou de Membro da Família (frente e verso)". Devido ao conectivo "ou", Josian argumentou que não ficou explícita a necessidade de enviar a documentação dos responsáveis. Candidatos reclamam que era ambíguo o texto na página para enviar os documentos no vestibular da Uece. Reprodução. “Eu enviei só o meu [documento], pensando que já bastaria. Agora, quando saiu para ver o resultado da cota, apareceu lá que [a matrícula] foi indeferida e o motivo era porque eu não tinha colocado a identidade do meu responsável, sendo que na hora do ato de inscrição, a mensagem que aparecia lá não era como se fosse obrigatório, era opcional”, declarou o jovem. “Eu fiz a prova esperançoso de que eu ia passar. Passei vários meses estudando, me preparando para essa prova. Estava esperançoso, e quando eu fui ver o resultado das cotas, eu pensava que eu ia sair com o resultado que a cota tinha sido deferida, que iria ser aceita, já que eu fiz tudo direitinho”, complementou o jovem. Josian entrou com recurso contestando a análise da Uece. Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

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